Em entrevista à NiT, o apresentador da SIC revelou que o desafio de passar de passatempos e música para uma programa da manhã foi um desafio que desejava muito, mas foi igualmente assustador. “Senti-me perdido porque é algo que nunca tinha feito. Nunca tinha sido apresentador na minha vida. E depois de aceitar senti que precisava de preparar-me tecnicamente e emocionalmente”, conta João Paulo Rodrigues.
Mário também ajuda várias figuras públicas, mas a maioria não quer que a sua identidade seja divulgada. Uma das caras conhecidas que não se importou de fazê-lo foi João Paulo Rodrigues, apresentador da SIC. “Não nos conhecíamos, a agência do João Paulo contactou-me antes do processo de mudança da TVI para a SIC. A passagem do entretenimento para o programa onde faz dupla com Júlia Pinheiro, e em que se fala de assuntos com mais seriedade, foi uma mudança enorme”, diz o life coach.
O nível de profundidade para guiar uma entrevista ou temas que envolvessem crimes e doenças era algo que deixava João Paulo Rodrigues ansioso.
Para ultrapassar o problema, o apresentador decidiu que precisava de ajuda: “Achei que devia encontrar um mental coaching. Estava empolgado com o desafio, mas depois temos de meter a mão na consciência, ser humildes e perguntar “Consigo fazer isto ou não? Tenho bagagem?”. Eu achei que não e recorri ao Mário”.
Depois desse momento de reflexão, combinou um café com Mário Caetano e conversaram durante duas horas. Primeiro, trabalharam a parte mais técnica e depois tornaram-se amigos. “Ele é uma espécie de guia e mestre”, diz à NiT.
João Paulo Rodrigues com Mário Caetano no dia de lançamento do life coach.
Durante um ano, João Paulo Rodrigues fez uma sessão por semana. Quanto ao tipo de trabalho que desenvolviam, passava sobretudo por visualizar situações que deixavam a nova cara da SIC nervosa. “O Mário trabalha de uma forma muito intuitiva, sente os nossos medos e é uma pessoa que faz as perguntas certas para que possamos pensar e responder corretamente, até chegarmos às melhores conclusões”.
Para o apresentador, as pessoas só aprendem realmente algo quando tentam e não têm medo de arriscar. Em algumas das sessões chegou a ir correr às cinco da manhã durante uma hora e meia, à chuva e ao escuro, em que o objetivo era subir um monte. “No fundo, saí da zona de conforto e fui mais além. Só quando estamos realmente perdidos, sem rumo e sem gps é que encontramos o nosso caminho”, revela.
Agora que já está a apresentar os programas da manhã, lembra-se diariamente de momentos que ultrapassou durante o mental coaching. Para João houve uma coisa fundamental que aprendeu: “É importante deixarmos de pensar em nós, no facto de estarmos nervosos e transportar esse foco para a pessoa que está à nossa frente. Isto é quase uma meditação”.
Para o coaching mental resultar, o apresentador teve de formatar-se a todos os níveis: um novo plano alimentar, treinar e alcançar vários níveis de concentração.
Atualmente, tem sessões de vez em quando, devido à correria do trabalho. Contudo, encontrou no Mário um bom amigo.
Por outras palavras, Mário Caetano reconstruiu-se e quis ajudar outras pessoas a fazer o mesmo. Entre elas estavam João Paulo Rodrigues e Salvador Mendes de Almeida, da fundação Salvador, e outras figuras públicas que, segundo o life coach, não podem ser identificadas: “Existe uma política de confidencialidade, mas vão desde desportistas e jogadores olímpicos, a apresentadores”.
No entanto, o life coach não ficava por aí: “Os meus seguidores do Facebook faziam-me perguntas diariamente e perguntavam onde podiam comprar o meu livro, que ainda não existia”. A insistência fez com que, em 2017, Mário lançasse o livro “Abre” da editora Marcador, que custa 13,95€. E foi João Paulo Rodrigues que apresentou o livro no dia de lançamento.
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